Durante a 27ª Feicon, que acontece no período de 11 a 14 de abril, no São Paulo Expo, em SP, serão realizados os Encontros VMC e Fórum Mulheres da Construção, no dia 12 das 8h30 às 13h, os quais contarão com o apoio da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Durante os eventos serão apresentados cases de ESG (ambiente, social e governança), que culminam em ações em prol do desenvolvimento e das lideranças das mulheres nas empresas do setor da construção. 

Trazer a pauta sobre governança para este congresso é essencial, pois é a base central de uma estratégia de ESG, haja vista que o envolvimento dos sócios e dos proprietários contribuirão para fortalecer uma cultura de longevidade e de alinhamento entre os valores da empresa e de seu time.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativo (IBGE), governança é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria e órgãos de fiscalização, controle e demais partes interessadas. As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, o que facilita acesso a recursos e contribui para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum. Vale ressaltar que Gabriela Baumgart, presidente do IBGE, marcará presença ao evento.

A sigla ESG tomou conta das discussões diárias de empresas de capital aberto e de investidores. Está restrita a CEOs e Conselhos de Administração. O crescimento da atenção dada pelos consumidores às melhores práticas sociais, ambientais e de governança vem estimulando e de governança vem estimulando negócios de todos os portes a implementar melhorias em suas operações. 

Os valores de transparência, de equidade, de prestação de contas e de responsabilidade corporativa devem permear as atividades de qualquer empresa, independentemente do seu porte. Por duas razões, primeiro, porque é a coisa certa a se fazer e, segundo, porque promovem a produtividade e aumentam os ganhos das companhias.

Lu Carmo, mentora e cofundadora da Achei4U, marketing para o setor da construção e do Fórum Mulheres na Construção, acompanha o setor de varejo de material da construção em outros países e garante que a pauta ESG tem estado sempre presente. Em junho próximo a empresária levará uma delegação brasileira para o DIY Summit, principal congresso internacional de Matcon, que acontecerá em Berlin na Alemanha. O grupo visitar´pa empresas do setor que já possuem algumas ações implementadas na sua estratégia. 

Segundo Lu, há dois caminhos para que as empresas comecem a traçar a sua jornada ESG. "Um deles é a ferramenta de Avaliação de Impacto B (BIA), do movimento B, uma comunidade global de líderes fundada nos Estados Unidos em 2006 com objetivo de ressignificar o sucesso corporativo para além do lucro", pontua.

A análise é feita de maneira online, gratuita e indica como os negócios estão interagindo com os seus trabalhadores, clientes, comunidade e meio ambiente. A partir desta avaliação, os empresários podem definir as etapas de seu plano de ação.

Além disso, indica a consulta à Agenda 2023, das Nações Unidas, em plano de ação para o desenvolvimento sustentável mundial, norteado pelas dimensões social, ambiental e econômica. São 17 objetivos e 169 ações que podem ser selecionados de acordo com a atividade de cada companhia. Entre eles, estão a igualdade de gênero, a erradicação da pobreza, o bem-estar, a energia acessível e limpa.

Ainda segundo a empresária, há três Ps que são fundamentais para qualquer coisa que a pessoa decida realizar na vida ter: paixão, planejamento e muita persistência. Vive-se um momento único de muitas transformações, às quais oferecem oportunidades para criar mudanças que sejam sustentáveis.

As empresas que são orientadas para as pessoas, têm a diversidade, a inclusão e o respeito como valores. Neste ambiente, o ego e a vaidade são substituídos pelo foco na solução. Estas, certamente, são as empresas que têm construído um legado sustentável.